Os fóruns e redes P2P são o novo alvo das ações antipirataria no Brasil, em uma nova tática da Associação Antipirataria de Cinema e Música (APCM). O IDG Now! teve acesso, com exclusividade, as ações de repreensão à pirataria digital no país.
Os dados mostram que a associação reduziu o envio de cartas de ameaça a usuários que oferecem conteúdo multimídia sem pagamento de direitos autorais na internet e passou a combater os fóruns e redes P2P, em um reflexo da criação de um órgão para investigar e retirar do ar conteúdos publicados ilegalmente online.
Em agosto, 1.823 arquivos arquivos de filmes e CDs que nem chegaram às salas de cinema ou lojas foram retirados do ar. Esse número é quase três vezes maior ao registrado em julho (653) e 300 vezes a mais que do que em janeiro de 2007.
"Com a criação efetivamente de uma gerência para lidar com a questão no Brasil, as ações ganharam um gás novo", assume Ygor Valério, coordenador de antipirataria na internet da APCM e líder do departamento responsável pela ações.
O número de ofertas de produtos vendidos em sites de leilão que infringem direitos autorais chegou a 139 em agosto, mais que o dobro das 53 tirados do ar em julho. A categoria, no entanto, teve o ápice de suas ações em maio, quando 578 ofertas foram retiradas do ar.
Há também as categorias de serviços online onde é impossível fazer comparações em razão do ineditismo das ações antipirataria no Brasil, como é o caso de fóruns e redes P2P.
Nos fóruns, foram 537 arquivos retirados do ar em agosto, entre álbuns de música e filmes completos. Já as redes P2P, como Kazaa e LimeWire, tiveram 692 ações durante junho, primeiro mês com movimentação antipirataria.
Dois meses após a ação, em agosto, o número de ações nas redes cresceu 166%, quando foram registradas 8.727 ações.
Junto ao aumento nas ações em determinados serviços, a APCM registra a diminuição em ações tradicionalmente relacionadas ao combate de instituições internacionais, como a Motion Picture of America (MPA) ou a Recording Industry Association of America (RIAA).
O principal indicativo é a queda no número de cartas de "cease and desist", em que as organizações ameaçam judicialmente os responsáveis por oferece o conteúdo gratuitamente.
Em janeiro de 2007, foram enviados os documentos para 3.218 usuários, quase quinze vezes mais que as 213 registradas durante o mês de agosto, segundo os dados da APCM.
A mesma mudança pode ser expressada no número de páginas pessoais tiradas do ar - o número em questão caiu de 1.199 em fevereiro para 176 em agosto.
Mesmo em serviços com números de apreensão já altos, como é o exemplo de sites que armazenam arquivos sem exigir o cadastro de usuários, o número de apreensões cresceu consideravelmente.
Chamados de "cyberlockers", sites como RapidShare e MegaUpload tiveram 8.727 arquivos retirados do ar em agosto, crescimento de 166% comparado aos 3.275 casos registrados em julho.
Via: Vintage 69
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